terça-feira, 11 de maio de 2010

Currículo - o início

Gente! Assumi o post agora, e vou contar pra vocês como iniciou minha carreira. Na verdade, como o mundo do automobilismo chegou até mim.

Quando tinha 5 anos, meu pai, que tem uma rede de oficinas mecânicas resolveu aceitar como pagamento um kart. Sim, um kart! Estranho né, ele não lembra quem pagou ele com isso, mas imagina se te pagam com um skate? Patins? Prancha de surf? Bicicleta? Bom, ele aceitou um kart.

Sem saber o que fazer com aquilo, onde andar com aquele objeto estranho até então, ele se informou e foi numa pista de kart que tinha perto da nossa casa, era um kart indoor (amador), onde as pessoas alugam por 20 minutos, 5 de tomada de tempo, 15 de corrida.

 Primeiro ele foi sozinho, só deu uma olhada e voltou pra casa super animado. No dia seguinte, ele levou a familia toda, eu, minha mãe e o meu irmão que tinha só 2 anos. Ficamos meio assim: "ai que chato, ele levando a gente pra esses programas de índio." e ficávamos dentro do carro e de lá dava pra assistir a corrida. Aos poucos meu pai convenceu minha mãe a sair do carro, e acompanhávamos ela apenas, porque meu pai realmente, só arrumava programa de índio então ela era nosso guia! Então começamos a socializar, conhemos pilotos que ainda correm ou estão no meio como Cláudio Capparelli, Rodrigo de Paoli, João Federowics, Frank Guerra, Bruno Aguiar entre outros, até que um belo dia minha mãe decidiu correr.

Não contente em ser a única mulher no local (fora eu) e nunca ter andado antes, ela ainda foi entrar na corrida que só tinha fera. Noooossa, vocês ja imaginam no que deu né? Ela nem precisava estar no meio, nem atrás quietinha, ela tomou muiiiiiita pancada. A troco de nada, só pra ela parar de andar, coitada. Saiu da corrida toda roxa e com apenas uma meta: ganhar deles. Então, ai começou o amor.

TODOS os dias passamos a ir aos karts indoor do rio, que por sorte eram todos na Barra da Tijuca, onde moro aqui no Rio de Janeiro. Tinha um no CasaShopping, no Freeway (agora supermercado Pão de Açucar), no Paes Mendonça (agora supermercado Extra 24hs), no Via Parque Shopping, um no BarraShopping e um no Action Point (agora Ribalta, lugar para eventos). Era um tour todo dia, nem sempre o mesmo roteiro mas pelo menos 1 por dia por um bom tempo, e eu e meu irmão íamos junto. Tocávamos o terror nas pistas, coisas que as pessoas nunca entenderíam se eu contasse, mas quando se é criança, qualquer coisa que fizesse rir já era divertido, principalmente rir dos outros. Afinal, esse era o nosso passatempo, nunca podíamos correr por não ter idade nem tamanho.

Não necessariamente 1 ano depois, quando já tinha 6 anos e já era um pouco maior, eu, que ficava dentro da oficina conversando com os mecânicos no paes mendonça, implorei pra poder guardar os karts. Essa atitude se resumia em sentar no kart, dar uma volta na pista e para-lo dentro da recepção. Mas claro que ao alcançar os pedais, não era isso que eu ia fazer! Dei mais de 10 voltas, e acabou o combustível, então parei forçado e já não tinha mais nenhum pra ser guardado. Meus pais orgulhosos ficaram perguntando se eu tinha gostado, se deu pra andar direito mesmo com o tamanho, e eu so dizia que doia meus bracinhos (que são os mesmos, literamente, como vocês podem ver no topo do blog).



Na hora a dor não é nada, pra quem nunca andou, se prepare, porque dói muitooo, como se você tivesse malhado muito no primeiro dia de academia. Mas eu tinha 6 anos, não sabia como era essa dor, e meus musculos e ossos eram novos ainda, doeu muito. E sabe o mais engraçado? Eu gostei dela. Foi como se fosse algo que te viciasse, você quer deixar acabar pra sentir de novo. E nunca mais deixei de gostar da dorzinha pós-kart.

Parece loucura né?! Acho que tem que ser muito doido pra acelerar a quase ou mais de 100 km/h com a bunda no chão literalmente. Não me considero normal por isso, mas final, o que é ser normal?

Só pra acabar o drama do inicio, no Action Point criaram kart infantil, era legal demais e ao mesmo tempo super-chato. Não era naquela miniatura que eu queria correr, nem com aqueles cegos lentos. Mas não tinha outra opção, no paes mendonça eu só podia guardar hehehe. Tinha tempo e tudo lá, e eu sempre ganhava, sempre fazia melhor tempo, e sempre foi aí que aconteceram as primeiras surpresas ao me ver tirar o capacete: "Meu Deus, meu filho perdeu para uma menina!". Hahahaahahahaha, sempre achei muito engraçado.

Muito orgulhoso e feliz por ter mais uma se divertindo no seu programa então chamado de índio, meu pai comprou 2 macacões pra mim, um azul com vermelho...e um verde com vermelho, que eu ODIEI. Mas aí vem um motivo, meu pai é português hahaha, odiei. Logo comprou um kart, me levou pro autodromo, onde antigamente tinha uma adaptação pra ter corridas de kart, a gente usava os mesmos boxes que os carros, e então comecei na categoria Cadete (de 6 a 10 anos, kart pequetito) mas com muita falta de investimento do papis.

3 comentários:

  1. Oi de novo! Muito legal saber como tudo comecou, hehehe... como programa de índio... morri de rir! Boa sorte e sucesso!

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  2. aeeeeeee jennyyyyy parabens lindona! SUCESSO SEMPREEEE!!!!!!!!! e mostre pra esses caras que mulheres tb dirigem mt!

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  3. Li tudo! =*
    Adorei sua mãe com cabelão.... kkkk

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